Ela chegou aqui já faz alguns meses. Sem muita cerimônia se instalou e ocupou seu espaço em minha cama. E desde então, temos passados várias e várias noites juntos, abraçados, entrelaçados, rolando a cama inteira durante toda a noite.
Um só travesseiro. O mesmo lençol. Vinho. Livro. Estes tem sido os nossos companheiros nas nossas longas noites.
Ela é assim. Não pede permissão para entrar. Não preciso chamá-la. Ela simplesmente vem.
As noites em que ela não aparece, devo confessar, não sinto sua falta. Mas as noites em que ela chega são sempre intensas, mas não tão divertidas.
O que sinto por ela? Não sei. É estranho. Mesmo estando só, quando ela não vem, não sinto sua falta. Quando ela vem, meu maior desejo é que ela vá embora.
Eu detesto a Insônia.